sábado, 19 de dezembro de 2009

Identidade X Alfabetização


O ensino da leitura e escrita na escola tornou-se uma linguagem estranha aos alunos por atentar contra os princípios de identidade. O fracasso escolar e a persistência do analfabetismo nas classes populares ilustra o processo de exclusão nas escolas.
Rubem Alves em seu livro: “Por uma educação romântica” fala que: “ ... os verdadeiros professores são imortais, porque, engravidando o desejo do conhecimento, ensinam a pensar e a criar” e nesse mesmo livro (p. 69) ele fala que o currículo deveria ser determinado pela vida, pelos desafios que se encontram no momento. Eu concordo, pois se a escola/ o professor fizessem assim o aprendizado seria mais real e o aluno não se sentiria excluido.

Propostas de ensino para alunos surdos


De acordo com os textos lidos na interdisciplna de Libras, principalmente o de Harlan Lane, acredito que as possibilidades de uma mudança nas propostas de ensino para alunos surdos seriam: disponibilizar aos alunos surdos a LIBRAS como sendo a primeira língua para, então, desenvolverem a memória visual e o hábito da leitura; ter professores especializados em LIBRAS e intérpretes. Como o objetivo maior é “perceber o sujeito surdo como um sujeito que tem uma diferença lingüística e cultural”, seria interessante que as escolas tivessem professores surdos para auxiliarem os professores (sei que isso, atualmente, é uma utopia, mas seria o ideal).

Avaliação


Para Tyler (1979), cuja proposta se constitui forte
referência no meio educacional, o processo de avaliação consiste
em determinar em que medida os objetivos educacionais estão
sendo atingidos e como visam a produzir mudanças de
comportamento. Para ele (1979, p.99), a "avaliação é o processo
mediante o qual se determina o grau em que essas mudanças de
comportamento estão realmente ocorrendo".

Muito já se pesquisou e estudou sobre os objetivos da avaliação, mas até hoje existem pessoas que confundem o verdadeiro sentido da avaliação e acabam fazendo uma avaliação classificatória.

O professor deveria se valer da avaliação com os seguintes objetivos: conhecer melhor o seu aluno, constatar o que está sendo aprendido, adequar o processo de ensino aos alunos enquanto grupo, contemplando nos objetivos propostos os alunos que apresentam dificuldades, bem como os alunos com necessidades especiais, julgando globalmente o processo de ensino-aprendizagem.

Situações didáticas na prática da EJA


Lendo, na revista Nova Escola do mês de novembro, sobre as práticas adequadas para a EJA me chamou atenção o que falava sobre as quatro situações didáticas para que os estudantes aprendam a ler e escrever: 1º oportunizar um momento em que o professor leia para os alunos; 2º possibilidade de leitura pelo aluno para que ele aprenda a ler; 3º produção de texto oral com destino escrito e 4º escrita pelo aluno para aprender a escrever. Depois de ler esta reportagem, me veio na memória o filme que assistimos de Paulo Freire, segundo o qual também acredita que os alunos da EJA "não são crianças grandes e não podem ser tratadas como tal em sala de aula" e que devemos valorizar suas experiências para que o aprendizado ocorra com sentido.