Computador como um aliado...

Meu aluno Eduardo, que reconhece as letras, números (até com 2 algarismos), lê algumas palavras e até está fazendo contas de multiplicação porém não mostra interesse nas atividades manuais (faz as atividades " aos trancos"). No pátio, só quer jogar bola (nas atividades dirigidas não tem atenção nas ordens dadas e demosntra muita dificuldade ao realizá-las). Na rodinha, ele só fala em vídeo-game e futebol. Ele joga muito vídeo-game e passa muito tempo no computador ( pelo que ele me relata, ele aprende tudo o que sabe com jogos do computador- é até assustador, pois ele chega a falar idêntico como o computador "fala" nos jogos, meio "robonizado"). Às vezes eu fico pensando se ele sabe mesmo ou se só memorizou tudo, jogando no computador.

Ao meu ver, o computador é uma ferramenta para a alfabetização e não um alfabetizador. Mas, como estamos na era da tecnologia, daqui prá frente acredito que isso irá ocorrer com mais frequência. Então...Como fazer esta "decoreba" toda se transformar em aprendizagem com raciocínio?... Eis a questão...

Aprendizagens...

Nossa... Cada vez mais eu me surpreendo como os crianças são sábias na sua simplicidade... Eu estava reforçando com eles que, se eles têm em casa : histórias, DVDs, figuras, livros, etc. relacionados ao nosso projeto, podem trazer para utilizarmos na sala de aula. Eis que uma aluna ( Amanda), na sua simplicidade, disse: "Profe., então eu vou trazer o meu livro da Chapeuzinho Vermelho. Comecei a pensar que eu estava me preocupando com as "coisas grandes", enquanto as pequenas e simples, mas não menos importantes, me fugiam. Acredito que este estágio está me fazendo ser mais observadora e dar valor nas pequenas coisas, aliás, em todas!

Injeção de motivação

Foui muito importante o meu primeiro encontro presencial com a professora orientadora Gladis. Ela trouxe várias sugestões e idéias que até já estou colocando em prática com meus alunos: canto da leitura, imãs de geladeira com figuras para contagem de histórias, casinha de caixa de papelão...Enfim, fiquei muito impolgada e espero que nossos encontros sejam sempre assim, pois pude perceber que, com criatividade, conseguimos fazer a nossa sala ficar mais atrativa para os nossos alunos e o mais importante é que eles ajudaram nas transformações - o que me leva a crer que cuidarão melhor para não estragar.

Muitas aprendizagens...

Além da questão da pesquisa, na Educação Infantil, é muito importante a questão do esquema corporal, da percepção do corpo, bem como as superações dos alunos em relação a isso. Nesta semana, um aluno que tinha medo de escorregar no "escorrega" grande superou seu medo e começou a escorregar ( ficou muito feliz). Hoje, uma outra aluna conseguiu, pela primeira vez, pular corda ( coisa que não fazia antes). Ficou muito feliz! São aprendizagens muito significativas para nós que trabalhamos com Educação Infantil, pois quando o aluno perde seus medos, fica mais autônomo e é onde ele "destrava" para aprender mais e mais!

Será que teremos um PA?

Na quarta-feira (31/03), durante a rodinha, conversava com os alunos reforçando o que trabalhamos no projeto: "O verdadeiro significado da Páscoa": que na sexta-feira santa Jesus morreu (para nos salvar) e que no domingo de Páscoa ele "viveu de novo", o aluno Eric levantou a seguinte questão: "O que jesus come no céu se não tem sacolão lá?" e o colega Gabriel reforçou dizendo: " Lá não tem mercado, só esctrelas". O aluno Eduardo ainda levantou a sua hipótese de que: " Lá no céu não esxiste casa", enquanto que o colega Eric disse: " Existe sim, minha mãe disse que existe casa de asa". Alguns colegas "retrucaram" dizendo que não, "não existe casa no céu" e o aluno Christian disse: "Mas existe a casa do Papai Noel. Foi tão legal a discusão, envolveu tanta coisa que eu até fiquei sem saber por onde começar: se o nosso PA vai ser sobre casas(o lugar onde moramos... apartamentos, sítios,etc.)... Ou se abrangemos a questão da morte ( que eu acho ainda muito complicado para eles). Vou pensar melhor!